Eu vivia o futuro e esquecia-me do presente. Demorei a decidir até acordar. Combinamos que poderia ser assim, não lembra? Ainda por consideração eu vivia presa a você e foi por esse mesmo motivo que eu quis evitar que soubesse por onde resolvi andar antes de poder te encontrar. Foi bem difícil. Deus é testemunha do quanto eu quis evitar. Não por me considerar errada, porque isso de jeito nenhum eu me considero. Não com você. Sempre fiz questão de manter o jogo limpo, deixar tudo claro pra que não houvesse motivos pra dizer “quebrei a cara”. Nunca tive noção do quanto eu significo/significava pra você. Você sempre se manteve instável. Isso contribuiu sim para que eu decidisse daquela forma, mas de maneira alguma eu quis dizer que você foi o culpado. Eu decidi. Decidi viver o presente com esperança que no futuro então pudéssemos nos reencontrar e aí sim deixar o destino agir. Agora me diz: realmente há motivo para me condenar? Sofri tanto quanto você com aquele incidente. Você sabe... Quando uma coisa tem que acontecer, ela acontece. Eu já sofri e sofro demais por antecedência. Não é justo eu ficar me martirizando por um acontecimento inevitável. Você me conhece e eu não dou o direito de dizer que não. Pensei que te conhecia, mas esse seu comportamento exageradamente desnecessário e meio sempénemcabeça eu desconheço. Sua vez de mostrar o quanto me respeitas...
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