sábado, 25 de setembro de 2010

Noite fria

Hoje é mais um dia daqueles em que só você faria a diferença. Não. É mais uma noite. A parte do dia em que a luz natural se faz presente é mais fácil enfrentar sozinha. Já a escuridão - quando a solidão me puxa para um vazio sombrio e impiedoso - impossibilita eu me sentir bem sozinha. Pergunto-me se esse seria o verdadeiro sentido de se ter sempre a mesma pessoa como companhia: a segurança e a sensação de não estar faltando nada que ela te passa. Se isso fosse verdade, você estaria condenado a dormir todas as noites comigo, porque simplesmente não consigo pensar em outra pessoa que preencha todas as minhas necessidades noturnas como você. Eu sei que isso é injusto. Talvez mais que isso. É complexo. No entanto, eu não posso esconder ou até mesmo ignorar o fato de que indiscutivelmente eu estou aqui agora pedindo em pensamento que de alguma maneira você me ouça e me leve pra cama, e permaneça comigo até que as profundezas do sono me tornem incapaz de sentir você se levantar e ir embora. E assim, quando o dia amanhecer, eu possa sentir que tudo sempre me pertenceu, que nada nunca me faltou e que eu não dependo de você.

Pelo menos até que o sol caia outra vez.

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