sábado, 19 de abril de 2008

Ping-pong

Seu coração não se decide. Ora bate tum-tum, ora bate toc-toc.
Tum-tum. Cheio. Intrínseco. Pleno.
Toc-toc. Seco. Nulo. Oco.
Temerosa oscilação que remete consequência a prejuízo.
Pobre ser. Tão vulnerável...
Tum-toc-tum-toc... Efeito mutatório sistemático-preocupante comparado ao ping-pong, num vai e volta contrariamente desnecessário (e indesejado).
Menininha grita: “ME IMPEÇA!”
Menininha não quer cair da cama.
Menininha quer colo...
Menininha chorou...


[Ser grande, menininha. Não esqueça isso!]

5 comentários:

Anônimo disse...

Ser grande não significa ser forte o tempo todo, tá?

Beijos.

Camilinha disse...

Meninas-grandes também choram e querem colo...

beijos daqui...

Filipe Garcia disse...

Oi moça! Fico realmente lisonjeado com suas palavras. Mas hoje senti uma pontada de medo. Se um dia eu te desapontar, como você especulou, e creio ser possível, espero que não fique muito chateada e não esqueça de me avisar. É muito bom saber que você gosta dos meus escritos!

Quanto ao seu texto... assim como a Ju e a Camila, me perguntei se menina grande sofre menos, mas acho que o sentimento é o mesmo, a dor também. Talvez seja melhor manter a meninice, nela, pelo menos, habita toda a esperança.

Beijos.

[P] disse...

Toda menina-grande esconde uma menininha que, de vez em quando, quer colo, moça.

Beijos.

Renato Ziggy disse...

Sei lá o porquê, mas os sons onomatopéicos me fizeram rir. Bjos!