A vida grita a todo instante que é preciso seguir, olhar para a frente, mas eu ainda sofro com as réplicas do passado. Embora isso pareça uma reclamação, não passa de uma constatação. Não tenho pressa e, além disso, tudo vem dando certo. Eu só preciso saber compartilhar com naturalidade o que não mais me pertence. Acabo de perceber que eu pareço sempre saber o que é preciso fazer. Então o problema está em como executar. Pensando bem, isso eu acho que também sei. Talvez eu não queira fazê-lo. Parece que tenho medo de assumir que é exatamente isso. As palavras que mais uso - talvez, acho, parece - estão carregadas de incertezas. De todas as descobertas que me abalaram no dia de hoje, a de maior impacto foi descobrir que o problema sou eu. Não, não estou me fazendo de vítima, muito menos suplicando a piedade de alguém. Estou me punindo pra tentar modificar o que é preciso, o que me incomoda. O que mais tenho feito é refletir sobre tudo, especialmente sobre mim. Muita coisa mudando ao meu redor e eu preciso acompanhar o novo. Eu abandonei a escrita na terceira pessoa e ao me dar conta disso, floresceu em mim o sentimento de revolta. O que mais eu perdi? Essa noite, inconformada.
"Estar assim, sentir assim... um turbilhão de sensações dentro de mim!"
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