Por que venho até você todos os dias? Sentes a minha presença? Embriago-me do ar que tu respiras como se o tivesse filtrado com responsabilidade para manter viva a nossa existência conjunta, incomum, frágil e ao mesmo tempo intensa. E o pulsar do teu sangue dá ritmo ao meu coração descompassado, atordoado por vez em quando tentares sair dele. Covarde sentimento que me torna tão dependente a ponto de ser-te sua somente. Nem o vento mais me toca, nem o sol me aquece, nem as cores gritantes me chamam mais a atenção. Vagueio vida a fora grudada a ti a te proteger – a sobreviver... Se soubesses, anjo meu... Nada. Despeço-me num ato fugidio, pondo um fim sem recomeço nessa estória de eu mesma a fim de viver.
7 comentários:
Sempre os questionamentos intermináveis e sem respostas... como diria o protagonista de Grande Sertão: Veredas, "viver é um negócio perigoso".
Pode amar, pode ser de outro, mas não pode se abandonar. Não vale a pena...
Beijos.
o Sempre e bom e velho sofrimento de Amor!!
tem coisa mais inspiradora para um poema !!!
to lendo um livro qeu explica toda essa nossa gana de sempreescrever de amor e de dizer o quanto sofremos.
só penso no quanto tbm já fizemos sofre!
fui
Enquanto lia as primeiras frases, me perguntei logo o porquê de nos tornarmos, às vezes, tão dependente. Daí você citou a dependência. Dependência e amor, definitivamente, não devem andar juntos...
Beijos.
Bonitas palavras. Na poesia, a gente acha tudo bonito demais. Mas a realidade é diferente e, ser dependente de alguém, traz consquências graves.
Você sabe usar bem as palavras.
Gostei demais.
bjos
Eu já escrevi isso... tantas e tantas vezes... de tantas formas diferentes...
acho que é assim mesmo, né?!
prazer, camila.
beijos daqui...
O fim daquilo que talvez nunk tivesse começado! muito bom! e vc está utilizando umas metádoras boas tbm! abraço!
Postar um comentário