sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Domingos e domingos


Capítulo IV

Dessa vez muitas pessoas se encontravam no local. Era um dia de lazer entre irmãos. Eu me encontrava praticamente infiltrada entre pessoas que eu nunca havia visto antes. No entanto, foi fácil fazer amizade e logo senti novamente o domínio do ambiente necessário à minha soltura. Percebi, com um certo incômodo que me era cabível, que havia interesse entre uma jovem da turma e o meu amado. Agi sem parar pra pensar a fim de uní-los, afinal, era do grado de ambos. Esqueci por alguns instantes que dentro de mim havia um coração que pulsava imensamente apaixonado quando fui relembrada dessa doce condição que me dava o direito de fazer com que tudo desse errado para eles, por ele. O baque foi diretamente proporcional a minha força de vontade. Senti-me como ave que dispondo de asas para voar, inventava qualquer razão para justificar o desprezo a dádiva de poder alçar vôo. Nada me deteve. Naquele momento não havia coração. Desconversei dizendo que não existia "a gente" quando ele me perguntou como ficaríamos. No fim do dia, confesso, fiquei aliviada ao saber que nada entre eles havia acontecido. Obra do destino?...

Descansei meu corpo sobre a cama colocando, agora, o coração pra funcionar avaliando se o que a tarde eu tinha feito foi algo digno do mais puro e verdadeiro amor liberto de individualismo ou se naquele momento eu considerei descartada a hipótese de reciprocidade de sentimento da parte dele quando o mesmo insinuou que pudesse existir...

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